10 de maio de 2025 – Por Bobby Allyn | Adaptado para o blog por [Seu Nome]

O nome Elizabeth Holmes ainda carrega uma aura de controvérsia no mundo da tecnologia. Mas agora, quem ganha os holofotes é seu parceiro, Billy Evans, que acaba de levantar milhões de dólares para uma nova startup de biotecnologia baseada em inteligência artificial, chamada Haemanthus — palavra de origem grega que significa “flor de sangue”.

Um novo capítulo (com uma velha conhecida nos bastidores)

Holmes, ex-CEO da Theranos, cumpre atualmente uma pena de 11 anos de prisão federal por enganar investidores sobre as capacidades de sua antiga startup de testes sanguíneos, que prometia revolucionar a medicina com apenas uma gota de sangue — mas que acabou colapsando ao se provar tecnicamente inviável.

Apesar disso, fontes próximas ao novo projeto revelaram que Elizabeth Holmes está aconselhando seu parceiro Billy Evans no desenvolvimento da Haemanthus, ainda que ela não tenha um papel formal na empresa.

O que é a Haemanthus?

A startup nasce com ambições altas: usar IA e tecnologia de detecção óptica para realizar testes médicos com mais rapidez, menor custo e precisão. A empresa está apostando em um método chamado espectroscopia Raman, que já mostrou resultados promissores em diagnósticos de doenças como ELA (esclerose lateral amiotrófica) e certos tipos de câncer.

“Este não é o Theranos 2.0”, diz a conta oficial da Haemanthus em uma thread recente no X (antigo Twitter).

Atualmente, a tecnologia está em fase inicial e visa reduzir os custos e tornar viável o uso comercial fora dos laboratórios. A ideia é que, no futuro, os testes possam ser feitos com amostras mínimas de suor, urina, saliva e até uma pequena gota de sangue — de forma rápida, eficiente e com o auxílio da IA.

Holmes ainda mira o setor de saúde

Mesmo atrás das grades, Holmes continua ativa intelectualmente. Em entrevista à revista People, afirmou que pretende voltar ao setor de biotecnologia quando for liberada e que já está escrevendo patentes de novas invenções da prisão. Ela também batizou um de seus filhos de “Invicta”, do latim para “invencível” — sinal de que não pretende desaparecer do cenário tão cedo.

Apesar de ter sido banida pela Comissão de Valores Mobiliários dos EUA (SEC) de atuar como diretora de empresas públicas por 10 anos, a proibição não se aplica a startups privadas, como é o caso da Haemanthus.

Quem está por trás do projeto?

De acordo com documentos de incorporação e patentes da empresa, parte da equipe já trabalhou com Evans na Luminar Technologies, empresa de sensores para veículos autônomos. Os investimentos iniciais vieram de amigos, familiares e apoiadores próximos, e a equipe atualmente conta com cerca de uma dúzia de pessoas.

Além disso, a Haemanthus já recebeu uma patente em janeiro de 2025 para um sistema de detecção de luz capaz de analisar materiais biológicos. O objetivo é oferecer uma tecnologia que possa ser usada em consultórios, hospitais ou até em casa.

Uma sombra difícil de ignorar

É impossível ignorar a ironia: a nova empreitada de Billy Evans atua exatamente no mesmo setor que levou Elizabeth Holmes à prisão. Ainda assim, a empresa tenta se distanciar dessa imagem e reforça sua postura científica e transparente.

“Sabemos que há ceticismo. E isso é racional. Mas queremos que a ciência fale por si”, escreveu a empresa em sua conta no X.

Considerações finais

A história da Haemanthus ainda está em construção, mas já desperta curiosidade — e desconfiança. Em um mundo onde tecnologia, saúde e ética se cruzam, a trajetória dessa nova startup será acompanhada de perto por investidores, especialistas e pelo público.

Se vai revolucionar o setor como prometido ou se será apenas mais uma promessa não cumprida no universo da biotecnologia, só o tempo dirá. Mas uma coisa é certa: o legado de Elizabeth Holmes continua provocando ecos no Vale do Silício.

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